sexta-feira, setembro 30, 2005

As gajas sao para andar na linha!


Nao sou o primeiro homem a tentar conhecer o que vai dentro das mulheres...
Pelos vistos alguem ja descobriu...
(Velocidade aconselhada x16)

Raios partam a Anne Geddes, a Celine Dion e os bebés vestidos com roupas fofinhas


Não censuro quem, após leitura deste blog, me considere um bronco sem sentimentos e com um coração de aço.
Mas não, não tive uma infância infeliz, não vivo revoltado com o mundo nem me isolo do resto da sociedade fechado no meu quarto sobrevivendo alimentando-me apenas de pizzas encomendadas à telepizza. O único problema de que padeço é o da falta de paciência para certos assuntos...

Já todos fomos bombardeados com mails dos bebés fofinhos das Anne Geddes, e já todos ligamos o rádio e tivemos que gramar com a Céline Dion a cantar grandes histórias de amor. É óbvio que a vida não é um mar de rosas e o sofrimento, a par da felicidade, é algo com que todos temos que lidar quer queiramos ou não.
Mas meus amigos, existe um limite...

E esse limite é traçado a partir da altura que Anne Geddes decidem juntar forças...
Porquê, mas porquê é que tiveram de juntar estes dois monstros do mau gosto de da irritabilidade???

Um livro com bebés vestidos com roupas idiotas, acompanhados da fronha da Celine Dion e de um cd com as suas músicas, mesmo que não o compre e que apenas tenha que o ver enquanto deambulo pela fnac, é algo que provoca em mim uma irritação apenas comparável ao raspar de unhas num quadro de ardósia.

E os bebés que são fotografados? Ninguém pensa neles?
Como é que vocês se sentiram se soubessem que, enquanto crianças, foram obrigados a vestirem-se de bróculos e pousarem em frente de uma objectiva, por detrás da qual se encontrava alguém com a cara da senhora Geddes???
Pior ainda, como suportariam viver com a humilhação de terem sido fotografados vestidos de bróculos ao lado da Céline Dion???

Não será isto pior que passar um fim-de-semana no rancho de Neverland com um africano albino cuja cara se está a desfazer?
E no entanto ninguém move um processo contra esta senhora...

terça-feira, setembro 27, 2005

Serei um sacaninha com sorte?



Isto é uma digitalizaçao do meu passaporte com uma data muito curiosa de entrada em N.Y., via aérea ...Bizarro nao?

domingo, setembro 25, 2005

Nomes fofinhos e acontecimentos irrelevantes

Há um facto que há vários anos que me anda a fazer espécie, tal como uma comichão numa zona do corpo onde os nossos membros não conseguem alcançar, este facto deixa-me diáriamente à beira de um ataque de nervos a ansiedade inimáginável...

Desde o advento do messenger a nossa vida tem sido bastante mais facilitada. Poupa-se em messagens escritas e chamadas no telemóvel, poupa-se cds devido ao facto de podermos enviar ficheiros de grande porte através deste sistema e temos companhia garantida naquelas noitadas em que os trabalhos da faculdade e a Tv Shop seriam a nossa unica companhia, caso o messenger não tivesse aparecido...

Mas não são apenas rosas que abundam no messenger...
Como é habitual à sempre pessoal que abusa das novas tecnologias.

Relembro vários abusos que surgiram ao longo do tempo:

-quando apareceram os telemóveis foram os malfadados "toques" sem sentido - o que nunca percebi qual era a utilidade de mandar um toque a uma pessoa, se não tinhamos nada de importante para lhes dizer - e as mensagens em cadeia;

-quando apareceu o mIRC eram as perguntas que faziamos a pessoal que não conheciamos de lado nenhum, tipo "ddtc" (de onde teclas) ou "és m/f" (és gajo ou gaja? pergunta que após descobrirmos que a pessoa era do mesmo sexo que nós acabava imediatamente com a conversa);

-e agora no Messenger são as pessoas com nicks fofinhos que relatam acontecimentos completamente irrelevantes;

Penso que toda a gente tenha um amigo ou amiga adicionado no messenger que esteja a passar pela puberdade ou por outra qualquer crise de identidade que tem no messenger um nick tipo "XtrelinhaFofuxa" ou "AnjinhaQurixinha", ou então o meu favorito que são so nicks com letras de caixa alta e caixa baixa misturadas juntamente com estrelinhas e smiles tipo "=O)XoÃziTaJitA**".
Se não têm, agradeçam a Deus esse facto, se como eu têm fiquem sabendo que não são os unicos e que as minhas orações estão convosco...

É que ainda por cima os mesmo que cometem estas atrocidades, ainda nos fazem o favor de narrar acontecimentos completamente irrelevantes para quase toda a gente, tipo "AnxinhaQuerixinha - Adorotxe muitxo Tóne, a noite de ontem foi fantástica" ou então "@Mariaxita@ - Adorei o fds passado bjxiux para a malta"...
Mas que mal fiz eu para ter que saber que a "AnjinhaQurixinha" gosto muito do Tóne e que gostou muito da noite passada, ou que a Mariaxita gostou do fim-de-semana passado???

Até hoje ainda não tinha revelado a nenhuma das minhas pessoas conhecidas que padecem deste sindrome os meus sentimentos perante estas suas opções. Mas devo admitir que após ter escrito este post sinto-me uma pessoa mais leve e mais satisfeita consigo próprio.
Caso não volte a "postar" neste ou noutro blog dentro de 5 dias, é porque fui apanhado por alguma pessoa que se tenha sentido lesado pelo conteúdo deste post...

quarta-feira, setembro 21, 2005

Mistura Geneológica

Após desafio por parte de Francisco Cordeiro resolvi procurar as minhas raizes.
E aqui estão elas, sob formato de receita caseira:


Misturas uma boa dose de el-Rei D. Afonso Henriques, com uma pitada de D´Artagnan e um cheirinho de Carlos Magno;



Mistura-se tudo bem misturado, em velocidade média numa qualquer batedeira;

E aqui fica o resultado, um espécimen que une o melhor espirito de lider do Norte da Europa, com os espiríto e ideais da Europa Central sobre uma base fortemente refinada de espirito português.

segunda-feira, setembro 19, 2005

E por falar em arte...


Fui na passada 4ª feira visitar o Museu de Arte Moderna da vila de Sintra - que para quem não conhece, trata-se do edíficio de 1920, recuperado e anexado ao Centro Cultural Olga Cadaval - com o intuito de ver a exposição de Eric Kahn, um Expressionista judeu sobrevivente do holocausto. Gostei bastante da exposição do senhor, mas não é disso que quero falar.

O que eu quero realmente é opinar sobre 3 assuntos:
-Surpresas em recantos;
-Exposições manhosas;
-Ordas de "bifes" que invadem museus;


-Surpresas em recantos:
Acabado eu de entrar no museu, dirigimo-me a uma estranha exposição sobre a segunda guerra mundial (dissertada mais à frente), digiro essa exposição, e passo para uma exposição bastante discreta do outro lado do museu.
Entro por lá adentro, começo a olhar para as diferentes divisões, entro numa, olho para o lado e dou de caras com a obra "Composição com amarelo, preto, azul e cinzento" do Sr. Piet Mondrian (obra em cima), ao que afirmo: "RAIOS!!! que não estava à espera de tão boa surpresa!"
Reponho-me da surpresa e dirijo-me mais adiante na exposição. E o que vejo? Uma obra de Moholy-Nagy!!! "Raios!!!" afirmo eu novamente...
Continuo o meu percurso, entro noutra sala e vejo o quê? Um De Chirico!!! "Raios novamente!!!"
Viro-me então para a minha esquerda, e como que uma bofetada na cara, levo com um Picasso nas trombas!!!
Perante isto afirmo: Brigadas Shôr Berardo!


-Exposições manhosas;
Para além da exposição temporária de Eric Kahn e da parte da colecção Berardo de arte contemporânea o museu conta com uma "coisa" muita estranha e mal montada sobre a 2ª Guerra Mundial.
"Coisa" esta que se tratava de um tipo de instalação, que contava com imagens extremamente pixelizadas (imagens estas quase ao nível de um Uriel em inicio de carreira Bloguista) obviamente sacadas da internet, textos batidos em word colados em k-line e colados anexados às imagens, outras imagens sem qualquer texto explicativo e um trajecto mais confuso e complicado do que as ruas de Varge Mondar...
Ao que eu pergunto:
"Mas que raio de artista montou aquela treta???"
e
"Quem foi o bronco que lhe pagou e financiou projecto tão mal executado???"
ou então
"Porque será que ninguém pega fogo aquilo?"


-Ordas de "bifes" que invadem museus;
Durante toda a visita uma pergunta ecoa na minha cabeça:
"De onde apareceram tantos ingleses, e onde é que andam os portugueses?"
Nunca tinha visto tanta concentração de pernas vermelhas, meias brancas, chinelos pretos e obras de arte do sec XX por metro quadrado!!!
Ok.. Vai lá, Chico...
Não ligues ao o que o outro gajo diz!
Faz isso!
Mas tenta não dar muita cana...
É que se não, vem para ai o mariquinhas do olho
vermelho chatear-me a cabeça...

Don´t do that Francisco...

domingo, setembro 18, 2005

Entre linhas ou o que lhe ia na pinha?

Fui esta semana ver a exposição de desenho da colecção Luso-America na Culturgest, entidade à qual alias, faço desde já neste meu comentário, a minha humilde vénia a toda a programação que tem vindo a oferecer nos últimos anos, desde concertos, exposições, conferencias, cinema, etc…
Mas nesta exposição Entre Linhas que muito me agradou, houve um momento sobre o qual ainda nem consigo descrever bem o senti ou o que pensei. O momento António Poppe.
Vamos por partes:

Eu acho que sou um gajo minimamente sensível a certo tipo de coisas que para alguns passam ao lado nesta coisa estranha e intitulada de Arte.
Sou até aberto à arte dos outros (entenda se aqui a palavra arte tudo o que é exposto supostamente como expressão que alguém que se diz ou é aclamado de artista e ou criador, teve nalgum momento da sua vida).
Não chego as exposições e digo “ se isto é que é arte vou ali já venho! …”ou “isto é gozar com o publico que pagou o bilhete!”.
Desde o 7º ano direccionei os estudos para as “artes”.
Suporto e tolero algumas “borradas”, “berrarias”, “extravagancias” etc, atrevo me ate a dizer que grande parte da minha personalidade, alimentação e alento da mesma , vêm dessas mesmas “cagadas”, que experimento e procuro no dia a dia ou que vem ter comigo sem querer.

Ora quanto ao filme de António Poppe intitulado Man Sees Horse…António filho, se querias chocar o publico, conseguiste!
Não porque o tivesse filmado num igreja (que alias não sei como permitiu aquilo, tendo há uns anos atrás censurado uma rábula do pateta do Herlander ainda com alguma piada ainda não alusiva a paneleiriçes mas sim inocente, relativa a ultima ceia), porque consegui por de lado qualquer preconceito que me viesse de mansinho a cabeça sobre esse aspecto.
Sobre o facto de estar nu aos saltinhos com o pirilau a abanar, epá não e nada que não tenha já visto em balneários.
Sobre o que dizia, tentei entender e dar lhe algum sentido no inicio depois desisti já podia dizer as barbaridades que quisesse,
Depois tentei analisar os seus gestos, entoação e projecção do que dizia
E foi ai que senti que a sua expressão dita artística me irritava, não passava de provocadora mas ridícula ao mesmo tempo.
Foi das poucas vezes que senti que estava a ser enganado por um artista e pela sua arte que me tocava pela negativa, sobre isso os meus parabéns, a tua arte atingiu o objectivo e justificou se ali durante minutos! E acredito que há de haver alguém que se deixe impressionar pela positiva…
Achei o e achei me parvo, ri me de dele e pensei: “vais já directo pó meu blog! Palhaço…”
Saí, e enquanto comentava ainda o filme com a minha companhia dessa tarde, deparamos com uns desenhos de alguém bastante sensível e minucioso um “detailer” uma mente que exprimia confortavelmente a negro, uns desenhos compostos de risquinhos que começavam homenzinhos, cavalinhos, figuras geométricas etc, mas que nunca os acabavam ou então misturavam nos ate darem enormes manchas negras. Não se percebia bem.
Parabéns! fez me lembrar os desenhos que fazia quando era puto de filmes que iam na minha cabeça que só eu entendia o seu desenrolar e por onde tinha começado.
Não é que eram do mesmo senhor? António Poppe. Perdi ali metade da revolta que trazia da sala anterior…

De resto só tenho a aconselhar a bendita exposição Entre Linhas, e alguns nomes de quem gostei em particular:

Alberto Carneiro - Explicou cientificamente a fantasia sonho e sentimento
Ana Hatherly – Deu som e movimento a palavras desenhadas
Ana Jota – Simples e bom
Fernando Calhau – Preto no branco lê se espaço
Rui Vasconcelos – Uma fotografia desenhada

quinta-feira, setembro 15, 2005

Campista tipico 4#

Campista tipico 3#

Campista tipico 2#

Campista tipico 1#

Velhotes Obesos e em Trajes Minímos, Ruminantes dos Parques de Campismo


Contrariamente ao sócio, eu cresci fazendo campismo com os meus pais.
Faziamos os cerca de trezentos quilómetros que ligam Lisboa ao Algarve, pela estrada nacional (relembro que na minha altura não existam as mordomias de hoje em dia que são as auto-estradas) dentro de um jipe mais quente que um pãozinho acabado de sair do forno do padeiro, atafulhado de material de campismo com o intuito de passar uma semana de relaxamento, cartadas com os vizinhos, sardinhadas ao ar-livre, idas a praia com o direito a barco insuflável e passeios intermináveis de bicicleta num qualquer parque de campismo. Ou seja, férias "à lá tuga" no seu expoente máximo.

Isto até um certo dia me fartar de fazer 300 quilómetros dentro de um jipe quente a ouvir a RFM, para passar a fazer cerca de 250km num Seat Ibiza quente, a ouvir o som que bem me apetecesse com o intuito de passar uns bons dias a surfar pelo litoral alentejano, correndo diversos parques de campismo.

Mas continua a existir um factor predominante em todos os parques de campismo, que apesar do passar anos e dos diferente pontos geográficos continua a assombrar as minhas férias:
Os Velhotes Obesos e em Trajes Minímos, Ruminantes dos Parques de Campismo!

Se existe imagem que mais me perturbou e me roubou noites de sono em criança, é a de um velhote em calções de banho tipo tanga a assar sardinhas e costoletas, vergado sobre um fogareiro com cerca de 50cm de altura, agitando o vulgo “abanador” e borrifando as labaredas com uma garrafa de água do luso com um furinho na tampa, de modo a produzir o mais perfeito assado de todo o parque.

É verdade, nunca me habituei a tal cenário... Não me perguntem porquê...
Talvez por estes velhotes sejam os mesmo que às sete da manha despertam todo o parque de campismo, ligando a tv da sua roulotte para ver a “Praça da Alegria” pondo o volume ao máximo, enquanto passa conversam alegremente e em bom som com o vizinho do lado, que por acaso também faz parte do clã dos “Velhotes Obesos e em Trajes Minímos, Ruminantes dos Parques de Campismo”.

Ou então deve ser apenas pelo facto de andarem com aqueles fatos de banho que não lembram nem ao menino Jesus...
Sim.. É possivel que seja por isso...

CAMPISMA-SE!


Nem sei bem por onde começar.
Com este tema poderia estender me em infinitos mil caracteres mas compreendo que blogs maçudos não fazem bem a ninguém.
Por isso vou tentar ser breve.
CAMPISMO: esse fenómeno que já vem desde que o homem macaco decidiu parar por que estava escuro, mas que ainda hoje esta certamente muito vivo e presente no estado actual da nossa evolução.
Embora já tenha acampado de norte a sul, centro, litoral, interior, verão, Inverno, areia, floresta, cidade (esta é incrível não é?), festivais, planície, socalcos, enfim, de facto acampar não é comigo.
Diria mesmo mais: ABOMINO CAMPISMO E CAMPISTAS!
Tanto que passarei a usar a expressão C####### para campismo, daqui em diante.
A minha mãe praticou C####### quando era jovem hippie, no tempo em que se podia praticar C####### dito “selvagem” sem perigo do dono da terra aparecer de caçadeira, e sem se ser assaltado. (nota: entendo o Campismo selvagem)
O meu pai como muitos pais da altura fez uns anos de C####### em Africa, havia só uma diferença, é que a tenda tinha de ser obrigatoriamente verde e não havia fogueiras nem cantorias, para bem dele.
Ora isto fez com que eu e a minha família nunca tenhamos sido muito de C####### (felizmente), e não foi por isso ou pela falta disso, que fiquei menos homenzinho com instinto de sobrevivência, nem foi por isso que não tive “contacto com a natureza” quando era pequeno.
Podem alegar que é uma forma económica de fazer férias. OK tudo bem. Mas continuo a detestar C#######...
Dorme se mal, Come se esparguete com atum e salsichas, caga se de pé geralmente para um buraco, acorda-se cedinho dentro de um forno, nunca mas nunca chegando a completar 4 horas de sono por noite, apanha se pé de atleta no banho de agua fria num balneário geralmente cheio do famoso pintelho alheio.
No caso dos festivais ouvem se Djambés a noite toda, no caso de parques ditos normais não se pode espirrar sem se ouvir um sshhhhhhh lado ali ao lado.
Ouvir um campista a defender o C####### é triste. Ele é capaz de soltar expressões como; “ar livre”; “contacto com a natureza”; “saudável”; “ dias de descanso”; “caravana topo de gama” entre outras frases auto galvanizantes…isto os mais velhos, pois para os mais novos, habituados a isso é capaz de ser uma diversão pois deitam se cedinho nas tendas, escondem se dentro do seu “castelo” a comer chocolates e ler o hiper Disney com lanternas e a rir dos puns dos outros. Já para o adolescente, alem de simbolizar o começo de uma vida social longe da família o C######## é sinónimo de sexo na tenda (sempre o mais silencioso possível), picaretes, cartadas, guitarradas e muito esparguete com atum…
Mesmo assim não consigo ver onde anda o ar livre, a noção de campo, o conceito de contacto com a natureza,

Sempre que entro num parque de C####### sinto me apertado, começo a ficar tonto e vejo um campo cheio de plantas carnívoras gigantes algumas com 3 outras com 5 pessoas dentro delas, têm cores que nunca imaginei que houvesse e fazem zzzzzzzzztt zzzzzzzztt antes de abrir a boca. Umas acendem à noite, suponho que a presa no seu interior já esta a fermentar. Depois sinto alguém abanar me, desperto do mal-estar e vejo sim um amontoado de tendas (as vezes de tendas e carros), sendo que algumas tendas têm avançados em cana e carpete verde relva, com buganvílias plantadas pelo senhor Almeida desde que frequenta aquele parque, autenticas salas de jantar e de estar, ao lado da roulote assente em tijolos e tacos de madeira há já 15 anos. Aparelhos de TV com famílias em tons de azul novela, em seu redor, no respectivos e benditos “maples”, nos quais se sentam depois dos carapaus com arroz de tomate que a dona Mercedes fez para a janta. Resumindo exactamente a mesma merda que durante a semana ou que o resto do ano, mas sem paredes levantadas e com o barulho de grilos estúpidos.
Pessoalmente prefiro ficar um fim-de-semana num bom hotel ou numa pousada duque duas semanas num prisma de nylon ou num paralelepípedo de fibra de vidro.

Lembro me que as ultimas vezes já fui acampar arrastado.
E lembro que o ultimo parque de C####### prestigiado, onde pus os pés e confiei o meu sono de mamífero abandonado, acordei com uma TV com o volume no máximo, e com um, (imaginem) aspirador …foi de bradar aos céus infelizmente a TV estava tão gritante que nem o céu me ouviu. Nem o céu nem o senhor proprietário do aparelho, que só despertou da leitura da Bola quando entrei literalmente pela tenda dele a dizer “olhe desculpe…”.
A deste já era grande já se circulava lá dentro de pé e tudo, e cheirava já a massa cozida…
Alias neste parque entrava se de viatura a qual poderia ser aparcada junto da respectiva tenda …no comment

Há muito que disse para mim mesmo: “Uriel ! tu so acampas em situações de extrema necessidade!”
Sendo elas:

Uma catástrofe natural que destrua o sitio onde resido, e a protecção civil nos albergue em tendas,

Uma 3º guerra mundial,

Festivais em que sejam cartaz bandas que eu queira muito ver ao vivo e não seja previsível uma outra futura actuação em salas ou recintos próprios para isso. (e mesmo esta é discutível)

De resto só mesmo muito bem enganado!

terça-feira, setembro 13, 2005

Artísta como Artifice



Aviso
Denote-se que os pensamentos que aqui serão exibidos, pretendem ser apenas uma analogia e crítica ao pensamento cretino de alguns artistas.
Não sendo, portanto, de qualquer maneira representativo dos ideais defendidos pelos criadores deste blog.
Muito Obrigado
A Direcção


Ontem uma leitora, assidua espero eu, deste blog reclamava pelo facto de o ultimo post ter sido feito na última quinta-feira, ou seja à quatro dias, e queixava-se da pouca quantidade de posts feitos neste blog...

Ao que eu quero afirmar sobre este assunto:

Nós somos artistas!!!
E a arte não é algo que sai de nós com a mesma facilidade com que se tira uma sandes de torresmos do saco térmico, num dia quente de praia!

Para que o Nirvana Artístico, ou "Proun" como intitulado pelo movimento Expressionista Abstracto Alemão, seja atingido é necessário tempo de meditação espíritual e estética sobre cada trabalho por nós exposto aqui.
Daí que não seja do dia para o outro que posts da categoria dos que são exibidos aqui são criados...

Logo o leitor, como elemento que vive na penumbra, e que necessita da luz trazida pelo iluminado Artista, terá que se sujeitar à vontade do mesmo Artista. Porque apenas o Artista sabe em que altura a luz deverá iluminar a criatura que se encontra na penunbra (leitor), de modo a que a sua ascese (do leitor) possa ser a mais eficaz e marcante.

Sendo isso o que nos separa de um mero Artifice, que trabalha para satisfazer necessidades futéis. O artista trabalha para uma satisfação espíritual e fisica daqueles que desejem atingir um patamar mais elevado de existência.

Daí que vão ter que se sujeitar à nossa vontade e disponíbilidade, porque a arte não se força, a arte flui, como um rio flui para a sua foz numa tarde de Outono...

quinta-feira, setembro 08, 2005

Devolve lá o casaco ao bicho...

Apesar de nunca ter tido o prazer de ter essa pequena surpresa com um rolo de papel higiénico, uma vez que só uso papel do Lidl, encontro-me solidário com o seu problema.
E acho que se todos os operadores de máquinas de enrrolar papel higiénico dessem mais azo à sua veia artística Portugal seria um país diferente. Um país de pessoas realizadas e felizes...

O que me faz confusão é o cobertor de pele de tigre ou leopardo que usou como base para tirar a foto ao rolo.
Já tinha tomado consciência da sua existência durante a última sound party em sua casa, onde este se encontrava fazendo de toalha debaixo da mesa de mistura, mas não pensei que voltasse a sair do armário...

A era da exacerbação capitalista e ostentação materialista trazida pela prosperidade dos anos 80 já acabaram!!!
Estamos nos anos 2000, época onde o pensamento de protecção ambiental politicamente correcto impera e onde ostentações deste tipo são severamente criticadas pela sociedade.

Pensa no bicho que uma vez ostentou essa pele como protecção contra as agruras ambientais, e que durante a sua vida foi seu orgulho e estatuto na selva ou na savana. Onde estará ele agora?
Pensa nisso...

E para te ajudar a pensar nisso visita o site da People for the Ethical Treatment of Animals (PETA) e espero que o remorso inunde a tua alma...

quarta-feira, setembro 07, 2005

Papel higienico ou verdadeiras obras primas?


Meus amigos:
Este facto sobre o qual vou escrever é algo que decerto ja vos aconteceu a todos e que imagino que tenha suscitado espanto, curiosidade e ate mesmo terror. Chego mesmo a pensar se é defeito das maquinas, coincidencia, um código secreto qualquer comunista de conspiração para um golpe de estado, um movimento artistico underground, se estão simplesmente a gozar comigo!

Nunca vos aconteceu, no fim dos rolos de papel higienico vir uma verdadeira obra prima em formato de mil folhas mas de papel higienico?

Este fenomeno que nao sei explicar ainda, começou no inicio dos anos 00´s.
Antigamente o papel quer fosse folha dupla ou folha unica era como a fita cola, mas picotado e chegava ao fim, o ultimo rectangulozinho estava colado, descolava-se e andou. Sabiamos que acabava ali o rolo, substituia-se depois de apertadas as calças e ponto final. As vezes um ligeiro defeito num picotado que insistia em nao partir mas nada demais.
Com a chegada do seculo XXI, começaram as ultimas folhas de alguns rolos a vir mal dobradas e logo mal cortadas no fim, o pessoal ate achava piada.
Depois meus amigos, foi o caos! sendo que hoje em dia acontece que inevitavelmente em todos os rolos, um belo de um sexto ou mesmo de um quinto do rolo vem mal "parido"!
O papel vem amontoado, mal dobrado e mal cortado!
E eu dou por mim sentado na sanita a puxar papel da parede e a fazer cara de criança que descobre um cadaver no poço e a desvendar naquele local de crime que é pura e simplesmente a minha casa de banho figuras estranhas de folha dupla, fruto da preversidade de uma maquina enroladora de papel.
Ja para nao falar que me baralho em relação a quantidade de papel que calculo precisar dessa vez e na quantidade de papel que de facto estou a usar, pois por vezes no perimetro de um simples rectagulo podem vir uns 10 poligonos disformes escondidos que so se revelam na hora H...
Será que é marca que uso? Não. Ja me aconteceu noutras casas.
Será terrorismo urbano? Nao. Isto ja acontece ha anos e ninguem reinvidicou este acto ate agora.
Será que alguem ou alguma empresa lucra com esta desordem no fim dos rolos?
Será gesto artistico de um maluco qualquer que regula as maquinas?
Qualquer dia puxo o papel e solta-se um harmonio de homenzinhos de maos e pes colados, uma caravela inglesa, o parthenon, eu sei la...

Sozinho


Sr. Uriel!!! Onde anda?
Isto de ficar sozinho no blog tem muito que se lhe diga...
O medo começa a assolar-me...

sexta-feira, setembro 02, 2005

Saída Profissional?

Se calhar até é uma vertente a explorar em caso de desemprego...

E Inês, já que o teu pai é Major, faz-me lá um favorzinho e mostra esta pequena amostra do que poderá a vir a ser linha gráfica do Exército ao teu pai e vê se eles estão interessados em contratar-me.

E já que o sr. Uriel falou nesta possibilidade de emprego, deixe-me dizer-lhe que o exército também anda a contratar arquitectos para os seu quadros.
E dizem que lá eles gostam muito de criatividade e de estética experimentalista de vanguarda!
Acho que não devia deixar fugir esta possibilidade.

quinta-feira, setembro 01, 2005

"NÃO VALES NADA!!!!! TÁ A ENCHER 1000 FLEXÕES!!!"


O Exército, o que se poderá dizer dessa grande instituição?

Quando me disseram que tinha que ir à Junta de Freguesia dar o nome para a tropa eu pensei cá para mim: "Espera lá... Isto não é bom sinal...."

É que desde pequenos que nós rapazes eramos preparados mentalmente para o desafio que era ir defender a nossa pátria!
Pronto, se calhar não é bem defender a pátria, era mais ir trabalhar durante seis meses que nem um cão para a Pátria, enquanto um tipo qualquer de meia idade - que enquanto jovem deve ter tido sérios problemas de afirmação - grita constantemente conosco, fazendo-nos sentir menos importante do que um tapete de casa-de-banho (não me perguntem o porquê desta comparação, nem eu o sei...) apenas para no final do mês receber um cheque chorudo de 40€...

Perante este cenário, a primeira coisa na minha mente era como me conseguir safar desta treta...
Até que certo dia alguém me deu a boa notícia que caso conseguissemos entrar para a faculdade, conseguiriamos requerir um adiamento...
Ok, não ficava completamente safo, mas naquela altura só o facto de ter mais uns aninhos de liberdade era suficientemente bom para mim!

E eu que, durante os meus dezasseis anos, a ultima coisa em que pensava era em ir para a faculdade, vejo o meu mundo abalado por uma decisão crucial:
"-Ou vais encher para a tropa, ou vais marrar para a faculdade!!!!

E entre ser sodomizado fisica e mentalmente por um tipo de farda e cabelo à escovinha ou ser sodomizado fisica e mentalmente por um tipo de fato e gravata, preferi o tipo de fato e gravata é que esse ao menos não me mandava fazer flexões...

Daí que se neste momento sou um finalista de um curso superior, é muito devido ao medo de ir para a tropa!!!

Mas visto hoje em dia o serviço militar obrigatório ter deixado de ser obrigatório faz-me pensar que motivos levarão os jovens em seguir o ensino superior?
Ok, talvez 10% queiram mesmo ser alguém importante na vida, mas ninguém me tira da cabeça que a maior parte apenas estava a fugir à tropa!!!

Logo, temo que, com o final do serviço militar obrigatório, surja um decréscimo no numero de candidatos ao ensino superior, deixando Portugal com um défice de trabalhadores especializados, levando posteriormente ao país cair numa grave crise económica, financeira e social.

Daí que eu afirme:
-Serviço Militar Obrigatório? Sim, se faz favor, mas para mim não!!! Só para os outros.